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Fluxo


Fluxo:

1 Ato ou efeito de fluir. 2 Escoamento ou movimento contínuo que segue um curso, uma corrente.

”O movimento remete sempre a uma mudança, migração, a uma variação sazonal.” (DELEUZE, 1985, p. 14)


Vivemos em movimento. Nada é estático, ou não completamente. Uma pintura, seja em um quadro, em um muro ou em um caderno, por exemplo, pode contar uma história. A arte pode possuir elementos significativos que se complementam entre si ou a algo fora daquela obra, sua narrativa pode possuir um começo, meio e fim.


Arte de Eduardo Kobra - Maria Daniela do Ballet Paraisópolis / Sp


Em histórias em quadrinhos também vemos o movimento. A cada quadro lido é um passo à frente daquela história. Algo novo foi descoberto, uma ação foi feita por algum personagem ou outro elemento ilustrado no ambiente foi alterado.


Angola Janga – Uma História de Palmares de Marcelo D'Salete

Fonte: Site


Uma evolução das histórias em quadrinhos, no quesito movimento, são os flipbooks, que são um bloco de folhas com várias páginas sequenciais e quando folheadas, as imagens se movimentam em um processo de continuidade.




'Kanzumichhörn', de Tim Ulrich, 1995

fonte: Site


O ser humano crianarrativas desde a pré-história e os flipbooks poucos anos depois no século XIX (VILELA, 2005). Tais aplicações e técnicas existem ainda hoje em dia, mesmo com a evolução da tecnologia e com a chegada dos computadores.


Motion Graphics é a área voltada para o movimento. Movimentos executados por formas básicas, personagens, tipografia, tanto em 2D como em 3D através da computação gráfica. Os softwares são as ferramentas que facilitam e permitem executarmos o processo de animação da melhor forma.

Para desenvolver um projeto motion aplicando uma metodologia de trabalho, pode-se seguir alguns passos:

  • A primeira etapa é criar um roteiro, que são as ações escritas do que vai compor o vídeo, podem ser listas ou por quadros.


O Grande Pulo

Fonte: Youtube


  • A segunda etapa é a criação os Storyboards. Semelhantes aos quadrinhos, são os primeiros rascunhos baseados no roteiro, mas feitos de forma visual, aplicando o que será executado posteriormente. Os rascunhos não precisam ser renderizados, ou seja, com pintura ou acabamento, mas necessitam ser compreensíveis por quem executará o passo seguinte. Pintar ou grifar ações como em quadrinhos facilitam na execução.



Storyboard

Fonte: Site


  • O passos seguintes são a os renderings, aplicação de acabamentos em rascunhos como cores, mapa de luz e sombra estabelecido, além de posturas diferentes de personagens. Além da criação, seleção e/ou captação de trilhas sonoras, de áudios e vídeos. Para assim, partir para o software de animação.


Fases dos passos de um humano andando

Fonte: Pinterest



  • Por fim a fase de animar. Que inclui os elementos que vai compor a animação e também determinar as ações e reações que vão ocorrer no projeto. Existem ferramentas diversos softwares de animação, tanto gratuitos como Opentoonz e Synfig quanto pagos como o After Effects, o Animate e Eyeon Fusion. Como dito antes, o software é utilizado para facilitar e tornar real a animação, por isso sempre que possível experimentar ferramentas diversas ou mesclar.


Tela do software de edição.

Fonte: Arquivo Pessoal



No momento da animação, deve-se ter atenção ao fator fluidez. Exceto quando for intencional, movimentos, transições fluidas garantem um realismo maior para a animação. Em exemplo, quando movemos o braço para cima ou para baixo há fluidez, o braço não vai no mesmo segundo de cima para baixo como se teletransportasse. Na animação deve-se atentar se a fluidez é suave.


Nosso erro está em acreditar que o que se move são elementos quaisquer exteriores as qualidades. Mas as próprias qualidades são puras vibrações que mudam ao mesmo tempo que os pretensos elementos se movem.
Deleuze (1985, p. 14)

REFERÊNCIAS

DELEUZE, Gilles. Cinema 1: A Imagem-movimento . Brasiliense, 1985


MARINHO, Fernando. "História em quadrinhos "; Brasil Escola.

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/historia-quadrinhos.htm. Acesso em 23 de novembro de 2020.


VILELA, Soraia. Ilusão do movimento na palma da mão. DW, Agosto de 2005.

Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/ilus%C3%A3o-do-movimento-na-palma-da-m%C3%A3o/a-1681451-0.

Acesso em 23 de novembro de 2020.


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